A exposição fotográfica itinerante contra a exploração sexual e o tráfico de mulheres e crianças é uma iniciativa importante para conscientizar a população sobre essa questão tão delicada e urgente. Além disso, a exposição também busca dar visibilidade às vítimas desses crimes e mostrar como podemos ajudá-las.
A Exposição
A mostra, que foi lançada no sábado (23), Dia Internacional Contra Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, é uma iniciativa do Centro de Promoção e Atendimento às Vítimas do Tráfico de Pessoas, do Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (PDDHC), do Poder Legislativo.
Produção
Produzida pela equipe da Superintendência de Comunicação da Assembleia Legislativa, sob a coordenação da Diretoria de Relações Institucionais, a exposição contou com a colaboração de vários servidores, conforme explicou Vanessa Brito, gerente do Núcleo de Relações Públicas.
“Recebemos essa demanda do Centro de Promoção e Atendimento às Vítimas do Tráfico de Pessoas e ficamos responsáveis pela produção de conteúdo, não apenas pelos textos. Os servidores desempenharam papéis de vítimas e agressores, com o objetivo de informar sobre esse crime silencioso que engana com promessas falsas de uma vida melhor”, destacou a gerente.
Impacto e sensibilização
As fotos, capturadas por Jader Souza, retratam diversas formas de exploração e tráfico de pessoas, incluindo prostituição e casamento forçados, trabalho escravo e servidão doméstica, enquanto o layout, criado por Abraão Borges, é simples e impactante, incorporando frases e imagens que provocam reflexão sobre a gravidade do problema.
O realismo do trabalho não passou despercebido por muitos servidores e visitantes. “Eu sabia pela televisão que esse tipo de crime existia em outros estados, mas aqui em Roraima é a primeira vez que vejo. Isso é muito bom, porque pessoas como eu, que não tinham esse conhecimento, agora têm. Essa exposição é excelente para abrir os olhos das pessoas”, disse o visitante Kennedy Bernardino, que se concentrou na foto de uma jovem numa pose encolhida, contrastando com o nome fictício de “Borboleta”.
Fernanda Victoria Lima, estudante de 15 anos e deputada do Parlamento Jovem Roraimense (PJR), também ficou surpresa ao descobrir que Roraima é um dos principais corredores de tráfico do país.
“Eu já tinha ouvido falar sobre esse crime, mas nunca imaginei que Roraima fosse uma rota. Eu li algumas coisas e achei bem preocupante, como tráfico de mulheres, de crianças. Me chamou a atenção esse cartaz que diz ‘Quanto vale a vida?’ porque eu acho que a vida é a coisa mais valiosa que a gente tem, porque nada compra ela”, revelou a jovem.
A exposição segue no Espaço Cultural até sexta-feira, das 8h às 18h, e está disponível para visualização no site do Poder Legislativo (https://al.rr.leg.br/).
Além disso, instituições interessadas em recebê-la podem entrar em contato com o PDDHC, localizado na rua Coronel Pinto, 524, bairro Centro, ou por meio dos canais remotos: telefone (95) 98402-1493 ou pelos e-mails programapdhc@gmail.com e traficodepessoas.rr@gmail.com.
Com informações ALERR
Fotos: Eduardo Andrade/Jader Souza