Redários na Maternidade garantem conforto de mães indígenas
Por Redação
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No atendimento de saúde aos povos originários, é necessário respeitar as particularidades de cada etnia. A unidade Materno-Infantil realizou 1.311 partos de mulheres indígenas este ano e agora oferece redários para garantir o conforto necessário e aproximar as mães de suas tradições.
De acordo com o coordenador da Saúde Indígena do HMI, Aharon Macuxi, a internação das mulheres indígenas era muitas vezes prolongada por causa de constantes dores lombares causadas pelo não costume de dormir em camas.
“Nosso objetivo é diminuir essa permanência das pacientes aqui na unidade, aumentar o conforto e bem-estar delas, porque é a cultura que elas vivenciam nas comunidades”, explicou.
As primeiras pacientes a usufruir dos redários são da etnia Yanomami e não falam português, mas em conversa com a técnica em enfermagem, Karolayne Martiles, as usuárias mostraram sua gratidão pelo ambiente mais acolhedor.
“As dores lombares eram algo que elas sempre colocavam em pauta e retardavam o tratamento delas. A mãe que está conosco alegou que agora está mais confortável, se sentindo amparada e em casa, elas gostaram tanto das redes que querem levar consigo para a Casai [Casa de Saúde Indígena]”, relatou a intérprete.
ATENÇÃO INDÍGENA
A coordenação de Saúde Indígena atua desde 2019 realizando o acolhimento de gestantes e puérperas dentro da Maternidade. O encaminhamento das pacientes ocorre tanto através do Dsei-Y (Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami) quanto pelo Dsei-L (Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste).
Além disso, há mulheres que procuram atendimento de forma espontânea, onde a paciente chega direto da comunidade sem o assessoramento de entidade ligada à causa indígena.
A unidade conta com uma equipe técnica em enfermagem com conhecimento básico da língua materna e que o mesmo cuidado se estende a alimentação das pacientes, respeitando a cultura de cada uma delas.
“Nós já conquistamos bastantes coisas [desde 2019], como a coordenação em si, temos um cantinho reservado para elas aguardarem o transporte da Casai. Temos servidores voltados para a visão da saúde indígena que somam na coordenação, além de uma alimentação voltada para a cultura delas”, destacou o coordenador.
Informações SECOM RORAIMA