Ausência do Brasil na quinta lista de autorizados a sair de Gaza deixa brasileiros em situação delicada no território.
Por Publish Publish
Postado em , atualizado em: 09/11/2023, 11:36
Nesta terça-feira (7), foi divulgada a quinta lista dos estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza, porém, não houve a inclusão de brasileiros. A lista apresentou 605 nomes, com maioria de alemães (159), seguidos por romenos (104), ucranianos (102), canadenses (80), franceses (61), moldavos (51), filipinos (46) e britânicos (2). O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, declarou que a expectativa é que os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de Gaza sejam incluídos na próxima lista, que será divulgada nesta quarta-feira (8). O chanceler brasileiro recebeu garantias do ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, de que os brasileiros deixariam a zona de conflito até amanhã.
A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é o único local para entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave palestino. Estrangeiros e palestinos feridos estão sendo autorizados a deixar Gaza desde a última quarta-feira (1º). Porém, a fronteira foi fechada no último sábado (4) depois que Israel bombardeou um comboio de ambulâncias com feridos que haviam sido autorizados a deixar o país. A fronteira só foi reaberta nessa segunda-feira (6).
Segundo o Itamaraty, a lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza é elaborada por autoridades egípcias e israelenses.
Os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a Faixa de gaza estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus de prontidão, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um aeroporto da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.
Devido ao cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza, os brasileiros e as agências de ajuda humanitária têm relatado falta de água potável, eletricidade, alimentos e remédios no enclave palestino. Segundo a ONU, a ajuda humanitária autorizada a entrar é insuficiente para cobrir as necessidades de cerca de 2,2 milhões de pessoas.
Fonte Agência Brasil